A estratégia dos abortistas é clara. Na altura do referendo anterior, deixaram de utilizar a palavra “aborto” para passar a usar o pomposo “interrupção voluntária da gravidez”. Era um termo mais científico e baseava-se na estratégia geral de tentar explicar, do ponto de vista médico e social, as vantagens do seu ponto de vista particular. Era uma terminologia relacionada com a mulher moderna, desenvolvida e bem informada. Como se sabe, tudo isto falhou completamente.
Passados oito anos, os gestores da campanha dos abortistas decidem agora utilizar as iniciais “IVG”. Designa exactamente o mesmo, mas dá um ar de dogma partidário, duma sigla como tantas outras hoje em dia, cujo significado se perde após a repetir mais de duas vezes. “IVG” – como se fosse um ideal social inquestionável, uma organização suportada pelo Governo e com o aval dos Órgãos institucionais do Estado. “IVG” – não dá a ideia de “aborto”, esquece-se que falamos duma “interrupção que incide sobre uma “gravidez” e começa-se a abusar do palavreado populista habitual da esquerda hipócrita que fala tudo e não diz nada.
Falemos de “aborto” ou “IVG”, nunca deixemos de nos lembrar da importância do tema que se referenda no dia 11 de Fevereiro.
Diogo Dantas
29.12.06
Terminologia
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