16.1.07

Desmistificar ideias feitas sobre o aborto - I


“Quem quer abortar no nosso país, aborta. O Estado tem pois é de arranjar condições paras as mulheres o fazerem da melhor maneira possível.”

Da mesma forma, quem quer pegar numa pistola e matar trinta pessoas na rua, vai fazê-lo mesmo assim. Mas isso não quer dizer que o Estado vá patrocinar a compra do revólver. Esta é a mesma lógica que está subjacente, por exemplo, à liberalização das drogas: quem quiser comprar, arranja sempre um traficante por aí. A verdade é que quem quer mesmo cometer um crime, ou fazer algo de errado, vai fazê-lo em qualquer circunstância. Mas uma coisa é o Estado persuadir as pessoas a agirem de acordo com os princípios básicos do espírito, outra coisa bem diferente é apoiar e legalizar algo que vai contra a própria sobrevivência da raça humana.

O que é mais relevante nesta questão é a futura distância entre o Estado de Direito e os cidadãos. Estamos à beira de uma ruptura insanável e se não fizermos nada contra isto, em breve viveremos em constante guerra contra nós mesmos. E as prisões ficarão novamente cheias de uma nova geração de “presos políticos”. Se neste referendo ganhar o “Sim”, preparemo-nos para novas batalhas. Porque a esquerda maçónica vai sentir-se com o poder para descriminalizar quem sabe mais o quê. Quando os princípios fundamentais da raça humana deixarem de existir, por troca com o crescente facilitismo de hoje, não haverá mais humanidade. Existirá apenas um macaco esperto a olhar para o seu próprio espelho.

Diogo Dantas